domingo, novembro 30, 2008

Fazem anos que não posto nada aqui. Mas, para quebrar a rotina, aqui vai 4 videos filmados nos últimos 14 minutos.











Tem outro que é o mais absurdo, mas esse eu deixo pra próxima!

segunda-feira, abril 30, 2007

Sabedoria não se vende

Quando você atira uma pipoca pra cima e ela cai dentro do pote de mingau ao invés da sua boca o que você faz? Eu, por exemplo, pego o mingau e me vou para Pasárgada. Então decidi passar minhas férias numa bucólica fazenda em Tennessee.

QUIZ: E qual foi a primeira coisa que fiz quando desci do taxi?


Resposta errada.


Bem, o sol estava radiante e dei um pulo no mar que eu formulei nos meus neurônios, pois no Tennesse não há mares. Mergulhei profundamente e me deparei com muitos peixes, inclusive um que se chamava Joshua e que gostava de assistir filmes aos sábados. Joshua me disse que se eu quisesse expandir meus horizontes, deveria procurar uma velha senhora que foi militar na Segunda Guerra Mundial. Me deu o cartão da madame e eu saí do mar. É claro que, ao ler o cartão, tratei de ligar para um amigo meu chamado Taco. Ele saberia me indicar a exata localização da moça não tão serelepe. Taco foi jogador de baseball nos anos 70 e gostava de usar um boné colorido com o desenho do Pluto. Não sei se é esse o significado para o seu apelido, mas era uma boa pessoa.

Fui até o tal lugar e percebi que lá tinha uma senhora armando uma espada, talvez achando que ela era automática. Pobre senhora, já tinha perdido a lucidez. Num momento de emoção, a coroa disse algo que mudou minha vida. "Nós vamos atirar algumas flechas nos porcos capitalistas. Se eles têm medicamentos, viverão. Se não tiverem, morrerão", disse a velha.

Pensei muito bem e lembrei de Joshua. Ele já tinha ouvido os conselhos da tia, então isso significa que sua vida é um sucesso. E à propósito, qual filme vai passar no Supercine hoje?


Resposta do QUIZ: Fiz um moonwalk para demonstrar minha sagacidade.

A origem do universo

Alguém já ouviu falar do jovem carcará da montanha? Não? Nem eu. É que quando nasci, sempre ouvi falar que certas aves de rapina tinham uma importância enorme para a origem do universo.

A origem do universo decorre de um primeiro princípio e este princípio não foi gerado, pois é o responsável por todo o processo da criação, justamente quando nada existia. Quando vi o exótico animal pela primeira vez (lembrando que eu nunca ouvi falar do carcará, mas já vi, porra!), tratei de puxar uma Mont Blanc do bolso da minha luva e utilizei a técnica do "não tá mais comigo" para escrever. Então o belo Crested Caracara, como chamam nos Estados Unidos, iniciou o canto mais harmonioso de toda árvore que ele estava. Havia um esquilo voador lá também, mas ele começou a cantar "Meu cãozinho xuxu", que por sinal tirou minha concentração. Lembro que se ouvir esta música ao contrário, palavras profanas são expelidas (é sério, tentem fazer isso!). Pois bem, anotei todo a letra da música que o carcará cantou, pois o esquilo tinha sido assassinado ao ouvir a tal música invertida (cuidem-se!). Aí vai:

Carcará: - Car...
Carcará: - Car...
Carcará: - Car...
Carcará: - Car...
Carcará: - Car...
Carcará: - Rar... (sua voz desafinou)
Carcará: - Car...
Carcará: - Car...
Carcará: - Car-Carááááááááá... (neste momento seu pescoço foi parar no traseiro e um "á" bem forte foi ouvido durante 3 minutos. Se acham que eu estou mentindo, procurem um carcará mais próximo e ouçam)

Bem, foi por este motivo que o universo surgiu. Vamos cantar?

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Moonwalk de bêbado é mico




Quando o álcool invade a mente, nem Michael Jackson faz melhor. Da próxima vez, irei usar um chapéu, luvas e um vira-lata. Como mendigo que sou, não garanto o chapéu e as luvas, mas o vira-lata...também acho que não. Afinal, minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá. Quem precisa de um cachorro quando se pode ter um pássaro?

Obs.: Não se preocupem, o YouTube não será bloqueado desta vez por mim. Somente se eu for pego acariciando a Dercy Gonçalves debaixo de um trepadeira.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Tempo VS Criatividade

O mundo de hoje necessita de uma fonte inesgotável de tempo. Como não entendi o que eu mesmo escrevi, venho aqui dizer que estou sem tempo pra criar algo que vai além das fronteiras do Chile. Portanto, se alguém me emprestar uma carroça, eu juro que posto alguma coisa aqui rapidinho.
E por favor, parem de cheirar pombas mortas. Elas prejudicam a faringe.

sábado, agosto 19, 2006

Profissão: Mendigo



Ser um mendigo no Brasil não é uma tarefa tão fácil, principalmente se você tem medo de ratos e colegas hippies. Ser mendigo é mais do que uma obrigação. Ser mendigo é ter o espirito de aventura no sangue. É largar todo conforto de belas limusines, largar fama, sucesso e mulheres bonitas. Ser mendigo é um estilo de vida.
Qual é o motivo desta fascinação pela vida nas ruas? Ouça o que um mendigo tem a dizer. Mendigos são geniais, compreendem o mundo de uma forma abstrata. Tão abstrata que não precisam de alimentos e roupas para o inverno para sobreviver. Arriscaria dizer que eles se alimentam de luz. Mas o povo ainda tem medo de encarar esta realidade. Portanto, ensinarei para vocês como se tornar um mendigo de verdade em 5 passos:

1° Lição - Abdicar dos programas do Gugu
Você como um mendigo que se preze, deve abandonar qualquer tipo de contato com uma televisão e/ou rádio. Eu sei que é difícil parar de ver os Rebeldes e perder mais um episódio do Pokémon, mas debaixo da ponte não há banheiras e infelizmente o Silvio Santos não é mais camelô. Se quiser saber sobre a previsão do tempo, se contente com o jornal que o cubrirá. Falando em jornal...

2° Lição - Meia é coisa de burguês
Doe todas as suas roupas. Inclusive aquele casaco de pele que você havia ganhado da sua vó. O Criança Esperança precisa mais de roupas do que você. Aliás, você só vai precisar daquele calção do Botafogo dos anos 80 que você usava pra virar massa e juntar tijolo. Os mendigos profissionais costumam pedir camisas para o inverno. Mas como são competentes, rasgam totalmente a camisa para usar como quebra-cabeça nos dias de tédio. Ora bolas, mendigo também é sinônimo de diversão.

3° Lição - Simular uma estranha lesão
Todos mendigos precisam andar torto. Isso é um pré-requisito importantíssimo. Caso você seja uma bicha e não tem coragem de estourar seu joelho, então a melhor saída é se imaginar num jogo de futebol. Pois para andar torto, basta que você enxergue (na imaginação, é claro) uma bola vindo em sua direção. Você, como grande armador de jogadas, entortará seu pé num ângulo de 90 graus (triângulo retângulo, lembra?) para escorar a bola para o atacante. Num jogo real, provavelmente este lance terminaria em gol . Mas como você deve ser um mendigo risonho, imagine até o fim a cena do gol também. Pra execução do passo ficar perfeita, lembre-se dessa jogada a cada meio segundo, pois assim seu pé estará sempre manco no maior estilo "deixa que eu chuto".

4° Lição - Higiene? Não, obrigado.
Você costuma tomar banho todos dias? Que pena, pois agora só em dia de chuva. Higiene e mendigo são palavras que não se misturam. Dentes então...só os caninos para não deixar seu cachorro com inveja. Por falar em cachorro, não confunda seus hábitos com os do seu melhor amigo. Cheirar a bunda dos outros colegas de vivência não é algo muito aconselhável. Há outras formas de conquistar uma fêmea (como escrever num blog, por exemplo).

5° Lição - Esmola para a cachaça
Bohemia? Skol? Polar? Esqueça tudo isso. Mendigo bom bebe da mais pura cana. E quanto mais vagabunda, mais vagalumes você verá. Algo como cachaça Prenda Minha e derivados. Mas para isso você precisa aprender as mais variadas técnicas da ciência da esmola. Há aquela infalível técnica de se passar por louco. Grandes mendigos certamente possuem um carrinho de supermercado (aliás, eu nunca vi um que não tivesse um desses). Beba um bom bocado para encher a bexiga e vá pra frente de um sinal fechado com o carrinho. Com a perninha torta, calção do Botafogo e com a Prenda Minha, suba no carrinho e recite um poema do Machado de Assis. Mas se quiser mesmo ser reconhecido como o garoto mijão, abra o ziper (nessa história o calção tem ziper sim!) e beba sua própria urina na frente de todos. Dessa forma, o álcool absorvido pela cachaça voltará para o seu sangue e você ficará no maior êxtase novamente. Aliás, faça isso inúmeras vezes, de maneira que seu corpo vire uma fonte eterna de caninha.

Tá pensando o quê? Você acha que eu daria dicas de como ganhar dinheiro fácil? Vai trabalhar porra!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Talk Show para os leigos

-Eu sou Joshua Guerrero e irei apresentar mais um De Frente com Joshua. Entrevistarei este exímio jogador de futebol, que prometeu contar todos os podres do futebol internacional e revelar os mais intimos segredos já vistos na história deste esporte. Senhoras e senhores, com vocês...David Beckham!


-Oi.


-...Ehmm...então...quer dizer que você bate com as duas?


-Bem, quando cai mais pra esquerda eu só escoro com as patas.


-Tá e...faz bem feito?


-Não, fez efeito não.


-E isso é um sinal de que você consegue mesmo ganhar da parede num jogo de Squash?


-E somente usando uma placa "Pare".

-...esse tá f...


-Quê???



-...


-Finish him!

YOU WIN, CHAMPION!

sexta-feira, julho 28, 2006

As Kombi sabem demais

As aparencias enganam. Veja só aquela Kombi austriaca que seu tio avô comprou no inverno de 1965. Ela sim era mais que um amor de verão. Era a Kombi dos meus sonhos.
Só que certo dia resolvi estocar minhas pantufas do Topogigio no porta-luvas...Ah mas aquela bela dondoca me enganou. Era dia de jogar punhobol com os meninos cegos, e o céu raiava como ameixa seca. Dai um simpático senhor, que dizia que era o dono da tese sobre o uso correto de cuecas com pinos de enxofre que fazem exame de próstata pessoal, me disse uma coisa que me comoveu: -Ó jovem rapaz! Sua Kombi tem freios de mão a disco!
Nossa isso foi demais pra mim!

quinta-feira, julho 20, 2006

Maldito seja o pântano de Joshua

Numa época onde cachorros eram amarrados com lingüiça, resolvi acabar de vez com o tédio que me consumia. Eu já estava cansado daquela vida rotineira em que vendia bezerros para o açougue. Não queria ver mais sangue jorrando, então decidi me aventurar pelo mundo.
Viajei para o pântano de Joshua em Bruxelas. Era um lugar ao estilo Bruxa de Blair, talvez por ser em Bruxelas. Dizem as más linguas que o arrepio causado pelos espiritos é uma coisa para maricas, mas eu estava mais preocupado com o conforto de uma boa cagada, pois no mato há cobras. Fui sem medo, pois levei meu chapéu do Ariri Pistola.
Eu tinha uma caracteristica diferente que me ajudaria neste caminho triunfante para o triunfo (humpf! então decidi jogar Super Trunfo. Rááááá! Nada disso). Ao contrário do Arlindo, eu sabia diferenciar um viado de uma gazela. Então corri para o que seria a maior de minhas aventuras.
Chegando lá, parei pra pensar e percebi o quão belo é a natureza e as flores que perfumam (os campos, não isso não, pois não sou contabandrista) as coxilhas abertas. Mas o pântano ainda estava me escondendo algo. Urubus, corvos e coyotes me cercaram. Pensei em chamar Arlindo para uivar, mas ele era ingênuo demais. Então lembrei daqueles jogos onde você tem que encontrar um jeito de fugir de um leão que estava à esquerda, na cobra que estava à direita, do papagaio que ficava chamando você de japonês do pau pequeno atrás e do Zidane que ficava na frente tentando proferir sua potente cabeçada. Como esse não era meu jogo preferido, decidi comer uma pastilha e ganhei o poder de sair comendo todos os meus inimigos animais.
Segui em frente e, ao som do bugio da noite que despertava da sua escória para sodomizar pobres africanos que entravam lá, encontrei uma grande escotilha. Fiquei espantado com aquilo. "Como é possível um pântano isolado no planeta ter tamanha tecnologia? Será que isso foi alguma obra das aves exóticas que aqui vivem?", pensei. Eu estava completamente perdido e tentei de todos os modos abrir aquela máquina. Mas aí me veio na cabeça algo que eu jamais esqueceria...ainda não era época do Lost passar na TV.
Depois de ter imaginado coisas tremendamente fora da realidade, continuei a trilha. Lembrei da história da Chapéuzinho Vermelho e larguei migalhas de pão no caminho para não perder o rumo. Mas então fiquei preocupado com mais lobos e pensei em outro personagem para enganar os predadores. Lembrei que estava com um discman e um cd do Michael Jackson, então continuei o percurso sem medo do bugio noturno.
A paisagem me agradava, pois me fez lembrar da minha infância. Bons tempos em que eu comia jacarés sem medo de pegar uma doença (não levem pro outro sentido, eu era só uma criança). Já estava tarde então era hora de voltar pra casa. Percebi então que algo terrivel aconteceu. Não encontrei as migalhas de pão que havia largado no chão! Tentei de todas as formas entender o que havia acontecido, pois eu não tinha colocado geléia de morango no pão e nenhum ser vivo seria burro o bastante para comê-lo. A fúria tomou conta do meu corpo e quebrei o discman e o cd do Michael Jackson. Pela porca miséria! Andei ao contrário. Maldito seja o Michael Jackson de ter inventado o "moonwalk". Ainda bem que eu tinha um patins do Gugu e uma geléia de morango na mochila. Da próxima vez eu levarei um cd do Roberto Carlos para não fazer cagada sozinho, pois "...Vi minha esperança na voz de um menino que sorrindo me acompanhava...".

sábado, julho 15, 2006

Arlindo, um ser ingênuo demais

Em meados de 1978, um garoto pardo e que não gostava de bombinhas de chocolate nasce no meio dos lobos. Era chamado de Arlindo. Arlindo tinha uma característica um tanto incomum para alguém que vive entre os lobos: Arlindo era ingênuo demais.
Arlindo cresceu e foi para a cidade grande. Seus primeiros dias fora da selva foram complicados, pois as velhas senhoras que vendem cachorro-quente não sabiam uivar. Mas Arlindo não queria ser mais um mendigo de botina. Então teve que arrumar um emprego.
Arlindo não sabia diferenciar o bem e o mal. Como tinha um estilo de vida diferente da maioria da população e tinha um carisma quase canino, foi contratado para ser garoto-propaganda de um comercial de remédios anti-gases. Isso ainda não era o bastante para conseguir o sucesso que desejava, então Arlindo recebeu uma proposta surpreendente. O Senhor Zumbi desceu à Terra e, como toda boa história infantil, ofereceu o sucesso e a fama em troca de sua pura alma. Arlindo não havia herdado a malandragem que seus pais lobos tinham. O que ele mais precisava nessa hora era correr atrás do rabo, mas decidiu aceitar a proposta.
No dia seguinte, Arlindo foi contratado para ser um apresentador de programas isla-evangélicos numa emissora um tanto obscura. Era o começo de uma gloriosa era. Ganhou muito dinheiro e foi logo chamado para contracenar com a Wilza Carla numa novela equatoriana, onde seu papel era o de um senhor que botava leite na comporta para os vietnamitas na Guerra Fria.
Mas Arlindo ficou muito famoso quando foi pego cheirando um par de chinchilas asqueirosas. Como era ingênuo! Arlindo havia esquecido que estava participando de um reality show.
Arlindo virou febre nacional, mas não era esse tipo de sucesso que queria. Então resolveu enfrentar o mestre Zumbi e, como não era o Chuck Norris, bateu com um ferro três vezes no chão, mas não conseguiu o transformar em um imã. Senhor Zumbi então levou Arlindo para o inferno.
Arlindo não sabia o que fazer e a dor o consumia. Tentou de várias formas fugir daquele inferno. Na mais dolorosa tentativa, Arlindo engoliu um corvo vivo enquanto jogava punhobol com o Hitler. Mas Arlindo tinha uma técnica que ele nem mesmo sabia. Numa noite calorosa em que dormiu no mesmo quarto de um negão que foi para o inferno porque tinha estuprado 654 pessoas em uma tarde de lua cheia, Arlindo soltou um potente uivo. Como ele teve uma pequena participação num episódio do Chapolin em que somente uivava perto da casa do Abomineve Homem das Naves, o vermelhinho enfrentou tudo e todos para salvar seu ex-colega de trabalho.
Arlindo então voltou para o seu mundinho de ingenuidade. Mas desde então ele não teve uma vida tranqüila. Tentou de várias formas conseguir um bom emprego e uma estabilidade. Mas infelizmente ele jorrou espermas em cima de seu chefe durante a reunião de negócios que discutiria a sua promoção em uma empresa e foi demitido. Com isso ele só conseguiu um emprego de apagador de quadro negro para professores manetas, pernetas e caolhos em Tegucigalpa.
Ano passado, Arlindo teve uma diarréia fulminante crônica e morreu em três cagadas.
Arlindo era muito ingênuo.